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EXCLUSIVO | A COMUNICAÇÃO com os cães pode ir muito além das ordens de comandos básicos: senta, deita e rola. A partir do momento em que estamos no mesmo ambiente que um cachorro, estamos nos comunicando com ele e, portanto, estamos ensinando e aprendendo alguma coisa. Meu Fox Terrier Pêlo Duro, Ciccilo, sempre teve uma relação muito próxima comigo. Portanto, sei quando ele está com vontade de fazer xixi, doente ou chegou a hora da refeição, por exemplo.

 

MAS essa comunicação não precisa ser restrita aos donos. Até mesmo a minha diarista Edina, que nunca tinha tido relação com outros cães, aprendeu a se comunicar com Ciccilo depois de alguns meses de convivência. “Esse cachorro só falta falar”, ela comenta hoje. Segundo o especialista em comportamento canino, Gustavo Campelo, quanto mais tempo de convivência, mais facilmente o cão consegue entender o que desejamos e vice-versa. “Cães percebem nosso estado emocional, sabem quando estamos apreensivos, com medo, nervosos ou felizes. E reagem a nossas emoções. Se prestarmos mais atenção, também podemos entender o que se passa com o cão”, argumenta.

 

Cães aprendem pelas consequências

 

 

 

MAS como incentivar meu cachorro a se comunicar comigo? Campelo afirma que os cães aprendem pelas consequências e cita um exemplo: “um treinador da minha equipe conta que certa vez estava sentado no sofá e sua cadela brincava com um osso no tapete. O osso caiu debaixo do sofá e a cadela não alcançava. Começaram então as tentativas de comunicação para tentar reaver o osso inacessível. Primeiro, ela ficou encarando o treinador por quase 30 minutos. Ele já havia entendido o que ela queria, mas não fez nada. Depois ela começou a olhar e cheirar debaixo do sofá, repetia essa sequência várias vezes. Quando ela percebeu que o treinador agora prestava atenção nela, começou somente a mexer os olhos. Sem mexer a cabeça, olhava para ele e para o sofá, ininterruptamente. Nesse momento ele pegou o osso e devolveu para ela.”

PRONTO, lição aprendida. A brincadeira não serviu somente para reforçar o laço de confiança entre eles, mas também para que o dono se entendesse melhor como sua cadela no futuro.

 

 

EVITE excessos

ESSA comunicação com seu cachorro também deve ter limites. Sendo assim, tome muito cuidado para que o cão não domine o ambiente e exija sua atenção o tempo todo. “Não devemos incentivar comportamentos usados para chamar atenção. É comum visitar famílias que não conseguem conversar com visitas ou fazer uma refeição em paz pois o cão fica fazendo de tudo para chamar a atenção”, argumenta. Alguns cães trazem brinquedos, latem e até pedem comida. “É preciso deixar claro para o cão que tudo tem seu momento e que quem decide é você.” Assim como as crianças, os cachorros também precisam de limites.

*Fonte: Canina Blog